Gerenciamento da Polifarmácia
O uso de cinco ou mais medicamentos é caracterizado como polifarmácia, uma situação comum entre indivíduos com 60 anos ou mais. O uso excessivo de medicações, especialmente sem a devida indicação, ajuste de dose ou escolha das opções mais adequadas, pode causar interações prejudiciais, aumentar os efeitos adversos e elevar o risco de complicações. Além disso, pode gerar gastos financeiros desnecessários.
Para enfrentar esse desafio, o geriatra segue critérios e protocolos específicos para selecionar os medicamentos mais indicados para o perfil de cada paciente. A geriatria capacita o médico a otimizar e personalizar a prescrição, removendo medicamentos desnecessários, ajustando doses, substituindo fármacos por alternativas mais seguras e, quando necessário, adicionando tratamentos essenciais. O objetivo é garantir segurança e eficácia no uso de medicamentos.
Cuidado Compartilhado
A presença de acompanhantes nas consultas, assim como o compartilhamento de informações com familiares ou cuidadores, é uma decisão de cada paciente, garantindo sua autonomia. No entanto, em situações em que o indivíduo não é mais capaz de se autogerir com segurança, um responsável se torna necessário. A presença de acompanhante(s) no seguimento do paciente oferece diversas vantagens, como:
-Suporte emocional: ajudando o paciente a se sentir mais seguro e confiante.
-Recordação de informações: muitas vezes, há esquecimento de pontos discutidos e acordados durante a consulta.
-Interpretação: podem ocorrer barreiras na comunicação e no entendimento das instruções médicas, especialmente com déficits de audição, visão ou problemas cognitivos.
-Decisões compartilhadas: em alguns casos, pode ser necessário tomar decisões importantes, e a presença de alguém de confiança ajudará nesse processo.
-Segurança: indivíduos com limitações de mobilidade ou condições de saúde que exigem assistência física e/ou cognitiva se beneficiam da presença de um acompanhante como fator de segurança.